Notícias atuais do Rei Roberto Carlos
foto
tirada por Júlio J. num show em Brasília
Rede Globo faz matéria sobre nossa página !!!
No dia 06/03/1999 foi exibida no DF-TV pela Rede Globo de Televisão
uma matéria sobre Júlio J. e a home page "Roberto Carlos, o Rei na Web".
Com imagens de Juarez Donelles e reportagem de
Fabiana Santos, a matéria mostrou as raridades que "um super fã de
Brasília" possui, coleção de discos raros, uma dublagem que faço do Rei
falando e cantando, entre outras coisas. A equipe de jornalismo ficou aqui em
casa por mais de duas horas fazendo a entrevista, e a duração da reportagem foi
de 3 min. Demais, não é mesmo ?
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Primeira notícia
publicada nesta página: Na noite de Sábado do dia
02/08/97 Roberto Carlos levou mais de 12.000 pessoas ao Ginásio Nilson Nelson
em Brasília com o seu Show Amor. Levou a platéia ao delírio. Principalmente
com as surpresas feitas ao cantar "Não quero ver você triste"
tocando violão; ao cantar "Cavalgada" com efeitos
de luz e laser encantadores e com um arranjo sensacional do Maestro
Eduardo Lages; e ao cantar "Nossa Senhora", fazendo aparecer atrás
do palco uma gigantesca e linda imagem de Nossa Senhora. Foi simplesmente demais ... (Júlio J.) |
CD MENSAGENS
O novo CD de Roberto Carlos já
está nas lojas desde o dia 09/04/99 (dia do meu aniversário). "Mensagens" traz uma seleção de 12 músicas religiosas
gravadas durante sua carreira:
01 - Jesus Cristo - 1970
02 - Nossa Senhora - 1993
03 - Luiz Divina - 1991
04 - O Terço - 1996
05 - Jesus Salvador - 1994
06 - Aleluia - 1984
07 - Fé - 1978
08 - A Montanha - 1972
09 - Estou Aqui - 1983
10 - Ele Está Pra Chegar -1981
11 - Quando Eu Quero Falar Com Deus - 1995
12 - Coração De Jesus - 1997
Detalhes sobre o show realizado em Brasília !!!
Para a alegria dos brasilienses no sábado do dia 06/03/1999, às
21h00, o Rei Roberto Carlos esteve de volta à cidade. Depois de 581 dias
tivemos mais um grande show em Brasília (o último tinha sido realizado em
02/08/97, veja matéria abaixo). O Show foi realizado no Ginásio Nilson Nelson.
Veja os detalhes do show abaixo:
Os ingressos tiveram os seguintes preços:
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Quantidade |
Preço Normal |
Funcionário Público (desconto de 30%) |
Estudantes |
Cadeiras Setor 1 |
710 |
R$ 60,00 |
R$ 42,00 |
R$ 30,00 |
Cadeiras Setor 2 |
630 |
R$ 50,00 |
R$ 35,00 |
R$ 25,00 |
Cadeiras não numeradas |
3.445 |
R$ 30,00 |
R$ 21,00 |
R$ 15,00 |
Arquibancadas |
8.000 |
R$ 20,00 |
R$ 14,00 |
R$ 10,00 |
TOTAL: |
12.785 |
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O
roteiro do show "Romântico":
01 - Amada
Amante
02 - Falando Sério
03 - Detalhes
04 - Outra vez
05 - Vê se volta pra mim
06 - Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
07 - Jovens tardes de Domingo
08 - Nossa canção
09 - Medley com trechos das canções: Eu sou terrível, O taxista, As curvas da
estrada de Santos, 120 150 200 Km/h, Todas as manhãs,
Caminhoeiro, Por isso corro demais, Parei na
contra-mão, O calhambeque.
10 - De tanto amor (sentado ao lado do piano)
11 - Emoções
12 - Cavalgada
13 - Te amo tanto
14 - Meu menino Jesus
15 - Nossa Senhora
16 - Jesus Cristo
17 - Finalizou com o refrão de "Amigo"
Comentários
de Júlio J.
Mais uma vez Roberto
Carlos Roberto Carlos lotou o Ginásio Nilson Nelson. Com relação à produção,
"Romântico" teve poucas surpresas para quem já acompanha seus shows,
poucos efeitos visuais (cadê aqueles "lasers" e estrelas que davam um
novo clima em Apocalipse e Cavalgada dos shows anteriores ?)
e o ponto forte ficou mesmo com os clips exibidos
durante o espetáculo. Mas a performance do Rei continua a mesma, sempre muito
carismático e com uma voz e orquestra que não tem como criticá-las. Outra coisa
que sempre chamou a atenção e Roberto Carlos sempre fez de maneira espetacular
é apresentar sua orquestra ao público, um a um, e ainda contando alguns
detalhes sobre os músicos. Parabéns ! Todos os músicos
envolvidos merecem ser valorizados. A parte mais
engraçada do show foi quando Roberto apresentou o "piano de calda"
que foi feito com exclusividade para o seu show por um amigo da produção, a
marca do piano é "Joseph Chicken Stain" em homenagem ao artesão que o criou que
chama-se "Zé Galinha".
Mas para mim a emoção maior veio no final do show. Quando Roberto Carlos estava
cantando a última música eu e minha esposa (Lucilene)
fomos para a frente do palco. Roberto Carlos enquanto
cantava olhou para as pessoas que estavam ali próximas como se estivesse
escolhendo as pessoas para quem daria as rosas na mão. De repente ele olhou
fixamente para nós e eu disse à minha esposa: "você vai receber uma rosa
das mãos dele". Não deu outra, Roberto Carlos abaixou e entregou a rosa
nas mãos dela (nesse momento bati em poucos segundos mais de 15 fotos), quando
ele levantou eu gritei "homem também quer"
(pois ele estava entregando rosas apenas para as mulheres), ele riu, voltou e
entregou uma rosa em minhas mãos. Foi demais !!! O
mais interessante é que ele entrega as rosas olhando bem nos olhos de quem
entrega como se quisesse guardar a fisionomia, realmente é uma emoção indescritível ! Valeu mesmo !!!
Agora é esperar o próximo show, só espero não demorar mais 581 dias...
Em breve as fotos do show. Não perca !!!
Um grande abraço. Júlio J.
AGENDA DE SHOWS
ABRIL/1999
08 Joinvile/SC - Centreventos Cau Hansen
09 e 10 Curitiba/PR - Teatro Guairá
15 Uberaba/MG - Teatro Marista
16 Uberlândia/MG - Uberlândia Tênis Clube
17 Goiânia/GO - Ginásio Internacional
22 Londrina/PR - Ginásio Moringão
24 Cascavel/PR - Ginásio Sérgio Mauro Festugatto
25 Fox do Iguaçu/PR -
Ginásio Costa Cavalcanti
30 São Paulo/SP - Clube Atlético Juventus
AGENDA DE SHOWS
MARÇO/1999
04/03/99 - VITÓRIA-ES (Alvesa Cabral)
06/03/99 - BRASÍLIA-DF (Ginásio
Nilson Nelson)
12 e 13/03/99 - SÃO PAULO (Via Funchal)
18/03/99 - TAUBATÉ-SP (Associação Comercial de Taubaté)
19/03/99 - MOGI DAS CRUZES-SP (Clube Náutica Mogiano)
20/03/99 - RIBEIRÃO PRETO-SP (Cava do Bosque)
NOTÍCIAS de
1998
Roberto
Carlos e Luciano Pavarotti
Veja abaixo como foi a cobertura sobre o show realizado no dia
04/04/1998 às 21h00 no Estádio Beira-Rio em Porto Alegre-RS
Emoção marca concerto do
Rei com Pavarotti |
Observação da foto
contida na reportagem do jornal, não colocada aqui na página por questão de
ética: Carla Lencastre enviada especial PORTO
ALEGRE - Foto de Cezar Loureiro O vento forte que soprava
do Rio Guaíba despenteou o cabelo de Roberto Carlos e fez com que Luciano
Pavarotti tentasse proteger a garganta com a gola do smoking. O público não
hesitou em vestir a capa de chuva de plástico distribuída pela produção do
evento por cima de casacos de couro ou lã, apesar de a única água no Beira-Rio, na noite de anteontem, ter sido as lágrimas
de uma emocionada platéia de 60 mil pessoas, que lotou o estádio antes de
enfrentar um engarrafamento de duas horas para sair dele. Muita alegria,
muita gente e muito frio marcaram o encontro histórico do Rei com o tenor em
Porto Alegre. Juntos, os dois encerram as três horas
de espetáculo fazendo dueto em "Ave Maria" e "O sole
mio". Tão emocionado quanto o seu público, que incluía a apresentadora
de TV Hebe Camargo e o humorista Tom Cavalcante, Roberto beijou o tenor e
agradeceu o privilégio de se apresentar ao lado dele. A fila para entrar no
estádio começou a se formar de tarde, com gente de várias partes do estado
chegando cedo para garantir um bom lugar nas arquibancadas. O público já
urrava impacientemente sob o céu estrelado quando, dez minutos depois do
horário marcado, a orquestra RC 9, sob o comando do
maestro Eduardo Lages, deu início aos trabalhos envolta em luzes e fumaça. De
terno azul-rei, lenço do bolso, camiseta e sapatos brancos, Roberto surgiu no
palco em forma de templo romano montado no gramado e atacou de "Amada
amante". O vento aumentou, as plantas do cenário ameaçaram voar e ficou
claro que seria uma noite difícil para a cabeleira do Rei. Mas Roberto Carlos não
fez por menos no seu, digamos, show de abertura e presenteou seu público com
um repertório-covardia, daqueles que emenda "Emoções" com
"Detalhes" e "Outra vez" e, sem dar tempo para ninguém se
recuperar do corinho final de "Outra vez" (que o Rei achou
inicialmente tímido e pediu para o público repetir mais alto, no que foi
prontamente atendido), chega a "Jovens tardes de domingo",
"Festa de arromba", "É proibido fumar", "Lobo
mau" e "Calhambeque". Neste show, anãs, obesas, deficientes
visuais e taxistas não tiveram vez, provando que não fazem falta no
repertório (quer dizer, os taxistas fizeram falta sim, mas na saída do show).
Depois da sessão "Saudades da Jovem Guarda", Roberto cantou em
espanhol, fez os isqueiros se acenderem e as estrelas mudarem de lugar em
"Cavalgada" (o céu ficou totalmente nublado) e transformou o final
da sua apresentação de uma hora num culto religioso com "Jesus
Cristo" sendo cantada em coro pelo público que abanava como se fossem
lenços as almofadinhas brancas distribuídas na entrada do
Beira-Rio. Roberto jogou rosas
vermelhas para a platéia e houve um interminável intervalo (na realidade, 50
minutos), no qual a capa de chuva virou uniforme do público e os ambulantes
fizeram a festa vendendo uísque para espantar o frio (dentro da caixa de
isopor tinha gelo aparentemente filtrado e garrafas de scotch
8 anos a R$ 7 a dose; o ambulante passava gritando
"Olha o uísque"). Às 22h55m, dois corais de crianças, o da
Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e o dos
Pequenos Cantores do La Salle,
fizeram uma "homenagem à paz" cantando "Amigo". Foi a
deixa para o Rei voltar ao palco e chamar o "melhor tenor do
mundo": Pavarotti entrou, deu a mão para Roberto beijar, foi ovacionado
e voltou correndo para os bastidores. Ficou claro que seria uma noite difícil
para a garganta do tenor. A Ospa abriu o concerto, regida pelo maestro Janos Acs. A cada uma ou duas músicas, o tenor saía do palco para se proteger do frio. Mas Pavarotti cantou "I pagliacci", "Va pensiero" e dedicou "Granada" às "belas mulheres brasileiras". O estádio aplaudiu de pé, berrou "Bravo!" e Roberto Carlos voltou ao palco para a "Ave Maria". Os dois terminaram o dueto de mãos dadas e emendaram com o que Pavarotti chamou de hino italiano, "O sole mio". As almofadinhas sendo abanadas, os muitos "grazzie mille" de Roberto para Pavarotti e para o público e um festival de fogos de artifício encerraram o show. |
Textos retirados do Correio Braziliense de 06/04/98:
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Noite de majestades |
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Show com Roberto Carlos e Luciano Pavarotti emociona o público de 50 mil pessoas, incluindo personalidades como Zizi Possi e Hebe Camargo |
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Porto Alegre - Talvez fosse
preciso inventar um dicionário ou encontrar um novo vocabulário na busca de
adjetivos para descrever um espetáculo de tamanha grandeza. Quase tudo já foi
dito, antes mesmo do encontro histórico que o Rio Grande do Sul presenciou no
sábado à noite, no estádio Beira-Rio, entre Luciano Pavarotti e Roberto
Carlos. O mestre de cerimônias Lasier Martins falou de ''uma noite grandiosa, o início
de uma jornada cultural quase impossível (referindo-se ao show de José Carreras nas Missões),um
espetáculo memorável''. Pavarotti e Roberto foram anunciados como artistas
que fazem um mundo melhor e o rei qualificou o tenor como ''mensageiro da
paz''. Como qualificar a emoção
de 50 mil pessoas, um Roberto que justificou a força estranha de uma de suas
canções com um performance memorável e um Pavarotti
que foi às lágrimas antes mesmo de começar a cantar? Há muito
o que se falar e muito já foi dito na grande noite dos adjetivos
merecidos. Mas nada é mais apropriado na busca de verbos, substantivos e
nomes que possam ajudar as pessoas a lembrar ou tomar consciência do que foi
o show da noite de sábado do que registrar a vitória da consagração popular. Juntos, cantando as
conhecidas Ave Maria e O Solo Mio, Pavarotti e Roberto terminaram de
introduzir a noite de 4 de abril de 1998 na memória
da cultura gaúcha. Mas não foi apenas o maior tenor do mundo, nem o maior
cantor do Brasil, nem suas orquestras que determinaram o sucesso de um
empreendimento tão grande e dispendioso. Muitos outros verbos,
substantivos e nomes seriam necessários apenas para narrar como é difícil
realizar um espetáculo desse porte. Do lado de fora do palco,
havia um público de 50 mil pessoas e almofadas brancas erguidas, alegres,
atentas e igualmente brilhantes. Um público que entoou o canto de guerra dos
estádios ''ah! eu sou gaúcho'' e que transformou
Luciano Pavarotti e Roberto Carlos em parceiros de luxo de uma noite
memorável. O emocionante encontro de sábado foi a grande noite da consagração
popular. CARISMÁTICO Roberto Carlos, mais de
30 anos de praia, sabe o poder que exerce sobre o público. E tem dignidade
suficiente para atacar em todas as frentes: entoa sucessos seus catados a
dedo, comanda o coro da platéia e, de quebra, acompanha Pavarotti sem perder
o rebolado em O Sole Mio. Às 21h10, Roberto pisou
no palco armado no gramado do Beira-Rio, vestido de
azul e branco, para mostrar porque é aclamado como majestade da canção
popular brasileira. O Rei brindou o público com uma reunião de canções que são marcos diferentes
passagens de sua carreira. Começou cutucando na ferida com Amada Amante. Com
a competência e o carisma tradicionais, mostrou-se satisfeito em estar
participando do espetáculo. ''É um prazer rever vocês
aqui, nesse momento especial da minha vida, da minha carreira. Eu dividindo o
palco com Luciano Pavarotti, o maior tenor do mundo''. E engatou Emoções.
Lembrou Canzone per Te, de Sergio Endrigo, música com a qual ganhou o Festival de San Remo em 1968. Em seguida, veio a
fase amante à moda antiga com Detalhes, Outra Vez e Cavalgada, que já virou cult. ''Não ter saudade da
Jovem Guarda é não ter saudade da juventude. A Jovem Guarda é como uma fruta
que a gente mordeu e jamais esqueceu o gosto''. É a senha para Jovens Tardes
de Domingo e o pot-pourri que inclui Festa de Arromba, É Proibido Fumar, Lobo
Mau, O Calhambeque. Da fase ecumênica, Roberto apresentou Nossa Senhora e
Jesus Cristo. E, do mais recente disco, gravado em espanhuol,
Abrázame Así. IMPONENTE Pavarotti deve ter sido
um tenor bem mais feroz em seus dós-de-peito do que demonstrou no show do Beira-Rio. A voz ainda é potente e a figura do cantor
em cena impressiona. Mas, desde sua primeira aparição no palco, deu a
impressão de uma certa contrição. Depois da abertura
executada pela Orquestra de Porto Alegre, conduzida por Janos
Acs, o tenor interpretou Quanto È Bella, Quanto È Cara, de Donizetti.
Arrancou o primeiro bravo com Una Furtiva Lácrima.
Depois, saiu do palco dando vez à orquestra que, a cada duas intervenções do
cantor, executava um intermezzo. O que deixou o público inquieto Aos 62 anos, Pavarotti,
como todo superastro que se preza, estabeleceu uma
maneira de cantar própria, à Pavarotti. Tudo se
parece: árias de ópera, cançonetas italianas ou clássicos populares. Com a idade, os astros
líricos que namoram as grandes platéias se rendem às facilidades de um
repertório menos exigente, de acordo com as possibilidades de sua voz. Pavarotti no palco no Beira-Rio, cabelos ao vento e uma folha de papel com as
letras das canções na mão, era uma imagem forte e estranha. Lembrou o cantor
lírico Jon Vickers,
famoso nos anos 50, interpretando o papel de Sansão na ópera Sansão e Dalila,
de Saint-Saens, no Liceo
de Barcelona. Idoso mas ainda de físico imponente, Vickers tropeçava nas sandálias de plataforma de seu personagem. Por vezes, parecia esquecer a letra de uma ária mais complexa. Mas Vickers não perdia a grandeza, nem abdicava da vontade de cantar. Como Pavarotti demonstrou em sua meteórica passagem por Porto Alegre. Ave, Maria, de Gounod, em dueto com Roberto Carlos, foi uma prova disso. |
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Textos retirados do jornal ZERO HORA DE PORTO ALEGRE de 06/04/98: |
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A noite da consagração popular MARCELO FERLA |
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Observação da foto publicada na edição do Zero Hora de Porto Alegre no local desta reportagem (visite o jornal para ver a reportagem completa, a foto não foi colocada aqui por questão de ética): Fraternais, comoventes e magnânimos, Roberto Carlos e Luciano Pavarotti uniram esforços para cantar, juntos, "Ave Maria" e "O'Sole Mio" (foto Sílvio Ávila/ZH) |
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Talvez fosse preciso inventar um dicionário ou encontrar um novo vocabulário na busca de adjetivos para descrever um espetáculo de tamanha grandeza. Quase tudo já foi dito, antes mesmo do encontro histórico que o Rio Grande do Sul presenciou no sábado à noite, no estádio Beira-Rio, entre o maior tenor do mundo, Luciano Pavarotti, e o maior cantor do Brasil, Roberto Carlos, numa parceria da RBS com o governo do Estado e o grupo Zaffari, com patrocínio da CEEE e da CRT e produção da DC Set. O mestre-de-cerimônias Lasier Martins anunciou "uma noite grandiosa, o início de uma jornada cultural quase impossível (referindo-se também ao show de José Carreras nas Missões), um espetáculo memorável". Pavarotti e Roberto foram anunciados como artistas que fazem um mundo melhor, e o rei qualificou o tenor como "o mensageiro da paz". Aniversariante da noite, o Sport Club Internacional foi merecidamente parabenizado - pena que tenha exagerado na despropositada execução de seu hino, uma bela canção quando ouvida no momento correto. Como qualificar a emoção de 50 mil pessoas - inclusive a dos artistas, um Roberto Carlos que parece ter buscado a força estranha da canção que gravou de Caetano para realizar uma performance memorável e um Luciano Pavarotti que foi às lágrimas antes mesmo de começar a soltar seu vozeirão? Há muito o que se falar, e muito já foi dito na grande noite dos adjetivos merecidos. Mas nada é mais apropriado na busca de verbos, substantivos e nomes que possam ajudar as pessoas a lembrar ou tomar consciência do que foi o show da noite gloriosa de sábado do que registrar a vitória da consagração popular. Juntos, cantando Ave Maria e O'Sole Mio, Pavarotti e Roberto terminaram de introduzir a noite de 4 de abril de 1998 na memória da cultura gaúcha. O show começou às 20h50min, com a interpretação do Hino Rio-grandense por Decápolis de Andrade, seguiu com as apresentações de Roberto, dos corais da Ospa e do La Salle e de Pavarotti com a Ospa. A festa terminou pouco antes da uma da manhã com fogos de artifício. Não foram, porém, o bravo Pavarotti e o corajoso Roberto que determinaram o sucesso de um empreendimento tão intrincado - e muito se poderia escrever para narrar o quão difícil é realizar um espetáculo desse porte. Do lado de fora do palco, havia 50 mil pessoas de almofadas brancas erguidas. Um público que consagrou Hebe Camargo, que entoou o canto de guerra santa dos estádios - "ah! eu sou gaúcho" - e que transformou Luciano Pavarotti e Roberto Carlos em parceiros de luxo de uma noite memorável. O emocionante encontro de sábado foi a grande noite da consagração popular. |
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Parecia noite de Gre-Nal
TICIANO OSÓRIO Se algum desavisado chegasse a Porto Alegre no final da tarde de sábado, pensaria que logo mais haveria um Gre-Nal decisivo no estádio Beira-Rio. Afinal, pouco antes das 18h30min o trânsito parou nas avenidas Padre Cacique, José de Alencar, Praia de Belas, Borges de Medeiros, Getúlio Vargas e Ipiranga. Eram carros, motos, táxis, vans, ônibus de linha e de excursão disputando pequenos espaços. Mas logo o sujeito perceberia o equívoco: as provocações tão comuns entre gremistas e colorados não se repetiram entre os fãs de Luciano Pavarotti e os de Roberto Carlos - que, juntos, levaram 50 mil pessoas ao Beira-Rio. Ainda bem que muita gente seguiu o conselho da Brigada Militar de não sair de automóvel ou estacionar mais longe do estádio e seguir a pé. Mesmo quem estava de táxi abandonava o veículo ainda distante do Beira-Rio. Foi o caso de Roberta Cristine Flodoardo da Silva Pacheco, 14 anos, que estava acompanhada pelo avô, Salvahin Rosa da Silva, 67 anos. "Deixamos o carro em casa e viemos de táxi", disse a garota, moradora do bairro Cavalhada. A espera nas filas era encarada ora com alegria, ora com queixas. Houve turmas que ensaiaram uma animada cantoria para passar o tempo. Algumas pessoas aguardaram até uma hora e meia para entrar no estádio. Entre elas, Neuza Kusntzler Mendes, Maria Rosa Barbosa e Lourdes Beheregaray, que demoraram outros 90 minutos no trajeto de casa até o Beira-Rio. "Moramos no Jardim São Pedro, na Zona Norte, e precisamos pegar dois ônibus para vir", explicou Neusa. Pois teve gente que saiu de casa bem mais cedo. As amigas Lucia Serejo e Lurdes Conceição, de Florianópolis, embarcaram às 6h30min num dos ônibus de excursão que partiram da capital catarinense. Fãs do tenor e do rei, as duas estavam entusiasmadas com o show e desceram do ônibus antes de o motorista estacionar. Tudo para entrar logo na fila em busca de um bom lugar no estádio. |
Texto
retirados do jornal ZERO HORA DE
PORTO ALEGRE de 04/04/98:
Vozes unidas em Porto Alegre |
Observação da foto publicada na edição do Zero Hora de Porto Alegre no local desta reportagem (visite o jornal para ver a reportagem completa, a foto não foi colocada aqui por questão de ética): Repertório: depois da coletiva, Roberto e Pavarotti ensaiaram "O Sole Mio" e "Ave Maria" (foto Emílio Pedroso/ZH) |
Está tudo pronto para o Rio Grande do Sul presenciar o maior show de sua história. Juntos, o tenor italiano Luciano Pavarotti e o cantor brasileiro Roberto Carlos vão oferecer um grandioso espetáculo, às 21h de hoje, no estádio Beira-Rio. A promoção é da RBS, em parceria com o governo do Estado e o grupo Zaffari, com patrocínio da CEEE e da CRT e produção da DC Set. A apresentação, inédita, celebra a paz, a Páscoa e a união entre as pessoas. A produção é magistral. O palco remete aos templos sagrados do canto lírico, com um telão ao fundo, onde serão projetadas as imagens que substituirão as tradicionais cortinas, um piso especial, de plástico, cortinas de veludo e vidros espelhados. O público esperado é de 60 mil. Desde quinta-feira, os ingressos para as arquibancadas superiores estão esgotados. A dupla de cantores, que chegou na quinta a Porto Alegre, concedeu na tarde de ontem uma entrevista à imprensa e, logo depois, fez o primeiro ensaio, no Beira-Rio. Antes do ensaio, um susto: já com a Ospa, que irá acompanhar o show de Pavarotti, no palco, uma das torres que fará parte do cenário despencou. Nenhum músico foi atingido. Susto passado, Pavarotti e Roberto finalmente se encontraram, no palco. O tenor italiano vestia uma jaqueta e usava um boné para se proteger do frio de 15ºC. Roberto estava todo de azul, também com uma jaqueta. A dupla ensaiou duas músicas: O Sole Mio e Ave Maria. O encontro foi fraternal. Depois de ouvir o vozeirão de Pavarotti, Roberto começou a cantar com certa timidez, até que o tenor o incentivasse com um sorriso largo, palmas e tapinhas nas costas. Na despedida, Roberto, que queria ensaiar mais com Pavarotti, deu um beijo na mão do tenor, que seguiu ensaiando por quase uma hora, até deixar o estádio do Inter. Roberto Carlos voltou para o ensaio mais tarde, dessa vez com sua orquestra. O primeiro encontro da dupla foi bem mais cedo, na entrevista concedida às 15h no Caesar Towers Hotel, em Porto Alegre. A coletiva reuniu quase 20 fotógrafos e mais de 40 jornalistas. Roberto vestia um traje azul básico. Pavarotti trajava um casaco escuro sobre uma camisa branca estampada de flores vermelhas, típica de quem veio de Barbados. Roberto começou a coletiva com o pé direito: elegeu Pavarotti o maior tenor do mundo e caprichou na pronúncia do sobrenome do italiano (requisito básico para quem quer ser respeitado pelo tenor). Os dois adiantaram algumas músicas que cantarão hoje: Roberto lembrou Detalhes, Outra Vez e Emoções, Pavarotti prometeu árias de Donizetti, Puccini, Leoncavallo e canções italianas. Pavarotti mostrou que sabe ser duro com a imprensa. Por duas vezes advertiu os repórteres dizendo que não atenderia perguntas sobre assuntos delicados. Mas acabava respondendo. Quando lhe foi perguntado se megaespetáculos tinham interesse artístico ou eram apenas uma maneira de ganhar mais dinheiro, ele foi claro: "Senhor, uma mão lava a outra, e ambas lavam o rosto. Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Se não há interesse financeiro as coisas não acontecem - o importante é que exista caridade". Ao ser indagado sobre quanto ganharia, o tenor falou grosso: "Estamos falando de show business. Não é pergunta que se faça". Roberto expôs com humor seus conceitos sobre superstição: sair pela mesma porta que entrou seria superstição, andar vestido de azul seria mania. Pavarotti se declarou religioso, mas não descartou uma dose de superstição: "Preciso de tudo para desempenhar bem minha profissão". Como bom italiano, para ele é proibido cantar ou entrar em avião nas sextas-feiras 17. Pavarotti subiu o tom de voz duas vezes. Quando lembrou os autores brasileiros que conhecia, entoou um trecho do dueto Força Indômita, de Carlos Gomes (disse conhecer também Villa-Lobos e Radamés Gnatalli). Revelou que uma música em espanhol está no roteiro de hoje e cantou alguns versos de Crime no Tango. Os planos de cada um: Roberto Carlos excursionará pelo Brasil, Argentina e EUA, e depois começará a gravar seu novo disco. O tenor italiano se prepara para o espetáculo beneficente Pavarotti and Friends, no próximo dia 9 de junho, em Modena, Itália, com a participação de Céline Dion, Stevie Wonder e Bon Jovi. O reencontro dos três tenores na abertura da Copa da França já está detalhado. Mas uma coisa de cada vez: depois de 40 minutos de coletiva, os dois seguiram para o primeiro ensaio no Beira-Rio. |
BM reforça segurança na área Para garantir a tranqüilidade de quem vai assistir ao espetáculo de Luciano Pavarotti e Roberto Carlos, a Brigada Militar destacará 210 homens para o policiamento nos arredores do estádio Beira-Rio. A partir das 15h de hoje, já haverá vigilância na área. Depois das 18h, horário para o qual está prevista a abertura dos portões, 80 brigadianos estarão controlando a movimentação no pátio do estádio, que compreende a área do estacionamento e arredores. Também dentro do pátio, haverá um pelotão a cavalo para reforçar a segurança. Na área externa ao cercado do Beira-Rio, um pelotão da Brigada ficará responsável pelo controle do trânsito e outros dois estarão destacados para o policiamento geral. Haverá outro pelotão destinado prioritariamente para coibir a atuação dos guardadores de carro durante o espetáculo. "O fato de os flanelinhas estarem ali já é uma situação irregular", comenta o major Paulo Roberto Mendes, chefe de Operações do Comando Regional Metropolitano. A Brigada ainda disporá de efetivos para o policiamento no centro de Porto Alegre, junto aos terminais de ônibus e lotações, para evitar roubos e arrastões. Quem preferir ir de carro ao estádio poderá tentar conseguir um dos 2 mil lugares do estacionamento terceirizado do Beira-Rio. O estacionamento será aberto às 9h e cobra o preço único de R$ 5 (para carros comuns) e R$ 10 (para ônibus). Os sócios do Internacional poderão utilizar os estacionamentos do Beira-Rio ou do Parque Gigante, mediante apresentação do cartão de associado. A alternativa para aqueles que vão de carro é disputar uma vaga nos postos de gasolina da Avenida Padre Cacique ou estacionar nas ruas transversais, como a Otávio Dutra, ou até mesmo na Avenida Beira-Rio. A Brigada, porém, sugere que o público busque outras alternativas de transporte."Eu aconselho as pessoas a evitar o uso dos carros, para não causar congestionamentos na frente do estádio", diz Mendes. |
Textos
retirados do jornal ZERO HORA DE
PORTO ALEGRE de 03/04/98:
Uma noite de emoções
Prepare o lenço, as lágrimas e o coração. Vai ser em nome da emoção que Luciano Pavarotti e Roberto Carlos vão subir, às 21h de amanhã, ao palco do estádio Beira-Rio, para realizar o maior espetáculo musical que o Rio Grande do Sul já viu, numa promoção da RBS em parceria com o governo do Estado e o grupo Zaffari, com patrocínio da CEEE e da CRT e produção da DC Set. A paz, a Páscoa e a união entre as pessoas - simbolizada pela parceria inédita do tenor italiano e do cantor brasileiro - serão lembradas em cada acorde, gesto e música que a dupla vai interpretar. O palco estilizado, que remete aos templos sagrados do canto lírico, as luzes produzidas para fazer sonhar, o telão que vai projetar as imagens que servirão de fundo para o espetáculo são os acessórios visuais de encantamento. Mas nada vai se sobrepor ao sentimento mais importante da trajetória magistral de Pavarotti e Roberto. A emoção.
O que mais explica que Roberto seja um eterno rei da música brasileira, uma referência para a indústria fonográfica, um ídolo das multidões por mais de 30 anos? Qual é o motivo para que um representante do belcanto como Pavarotti consiga atrair tanto público, advindo de um gênero sabidamente identificado como elitista? Roberto e Pavarotti são escancaradamente populares, não têm pudores de chorar e de fazer chorar, não medem esforços para agradar milhões de fãs. A dupla de cantores que vai cantar junto na noite histórica do Beira-Rio pertence a estilos diametralmente opostos, mas não dispensa o mesmo artifício para conquistar multidões. A busca incessante e devotada da emoção.
Pavarotti e Roberto
pertencem a estilos
opostos, mas não dispensam o mesmo artifício
para conquistar multidões: a busca da emoção
Luciano Pavarotti e Roberto Carlos vão encantar os gaúchos em três tempos. Solo, com suas orquestras e sucessos, cada artista terá 40 minutos para cativar seus fãs. Juntos, eles interpretarão duas músicas, ao final do espetáculo. Roberto Carlos tocará primeiro, acompanhado pela afinada RC-9, regida e arranjada por Eduardo Lages. Depois de um intervalo de 40 minutos, com atrações-surpresa, Luciano Pavarotti subirá ao palco para cantar seu repertório, ao lado de 10 músicos que sempre lhe acompanham e da Osquestra Sinfônica de Porto Alegre, regida pelo maestro Cláudio Ribeiro.
O gran finale não tem repertório definido. Pavarotti e Roberto vão decidir o que cantar nos ensaios, que começam hoje. É certo, porém, que as músicas terão um ingrediente inevitável: a emoção. Prepare as lágrimas.
A chegada dos donos da festa
Observação da foto publicada na edição do Zero
Hora de Porto Alegre no local desta reportagem (visite o jornal para ver a
reportagem completa, a foto não foi colocada aqui por questão de ética): O rei da música
brasileira foi recepcionado com tapete vermelho, recebeu rosas das mãos de
crianças e agradeceu a oportunidade de cantar com Pavarotti (foto
Adriana Franciosi/ZH
Luciano Pavarotti e Roberto Carlos chegaram ontem a Porto Alegre. O tenor italiano veio de jato particular, e desembarcou no Aeroporto Internacional Salgado Filho às 22h. Roberto, acompanhado pela mulher, Maria Rita Braga, e pela assessora Suzana Lamounier, chegou às 18h, em vôo normal.
Com a tradicional écharpe e vestindo calças e sapatos leves brancos, o tenor italiano foi recepcionado na ponta de um tapete vermelho pelo governador do Estado, Antônio Britto, de quem recebeu de presente uma cuia trabalhada com detalhes em prata e uma bomba de prata. Antes de partir, concedeu posar, à distância, para fotógrafos e cinegrafistas, postados numa faixa reservada, fora da pista. Pavarotti saiu do aeroporto escoltado, ao longo de um pequeno trecho, por um grupo de 20 gaúchos a cavalo.
Os cavalarianos foram substituídos por batedores e o cantor seguiu para o hotel Caesar Towers num Mercedes negro, em alta velocidade. Ele subiu rapidamente para a suíte, enquanto funcionários barravam a entrada dos jornalistas.
Roberto Carlos seguiu para o hotel Caesar Towers num automóvel Ômega cinza, escoltado por outros dois carros. O cantor entrou no hotel pela porta dos fundos, mas foi recepcionado com tapete vermelho e rosas brancas e vermelhas, entregues pelas crianças Daniela Franco Oliveira, oito anos, e Lucas de Mello e Pinho, sete.
O tenor mais popular do mundo |
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Observação da foto publicada na edição do Zero Hora de Porto Alegre no local desta reportagem (visite o jornal para ver a reportagem completa, a foto não foi colocada aqui por questão de ética): Luciano Pavarotti nasceu em Módena, cidade ao norte da Itália, em 1935, e tem 36 anos de carreira (foto AFP, Banco De Dados/ZH - 9/7/97) |
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Luciano Pavarotti é italiano de Módena, cidade localizada ao norte da Itália, onde nasceu há 62 anos, em 1935. Seu pai, padeiro e tenor, foi o grande incentivador de sua carreira. Aos quatro anos, Pavarotti começou a cantar. Aos 26, estreou como cantor de ópera no papel de Rodolfo, de Bohéme, escrita por Puccini. Aos 55 anos, Luciano Pavarotti se tornou um popstar que canta ao lado de roqueiros como Bryan Adams, Eric Clapton e Bono Vox, do U2, e inclui no repertório clássicos como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Em 1990, o italiano se juntou aos espanhóis Plácido Domingo e José Carreras - seus maiores rivais no canto operístico - e participou de um concerto que pode ser identificado como o divisor de águas da ópera, em Termas de Caracalla, durante a Copa do Mundo de 1990, na Itália. O encontro dos três tenores foi o marco inicial da popularização de um estilo musical até então apontado como elitista. Quatro anos depois, o trio repetiu a dose durante outra Copa do Mundo, nos Estados Unidos. Um bilhão de pessoas assistiu ao concerto, transmitido pela televisão. O encontro dos três tenores, nas Luciano Pavarotti não é o mais brilhante cantor de ópera do século. Nomes como Gigli, Del Monaco, Schreier ou Bjorling eram melhores tecnicamente. Mas o italiano simpático, fã de futebol e da boa gastronomia, é mestre em despertar emoções. Chega a ser acusado de estar estragando a voz pelos fãs puristas de ópera, mas não se importa. Agrada-lhe cantar para 150 mil pessoas como no famoso concerto de Hyde Park, de julho de 1991 (lançado em vídeo), comemorativo aos 30 anos de sua carreira, e que teve a presença de Lady Di e do príncipe Charles (Diana, aliás, foi a Módena prestigiar o concerto Pavarotti & Friends, de 1995). Antes de ser uma reconhecida estrela do pop, Pavarotti se tornou um recordista em número de gravações de óperas. Fã de Mario Lanza, Di Stefano, Bergonzi, Corelli e Del Monaco, o italiano foi selecionado em 1970 para formar dupla com a soprano italiana Joan Sutherland e cobriu praticamente todo o repertório do belcanto, com exceção das óperas de Puccini. Entre os pontos fortes do repertório do tenor, se destacam as interpretações de L'Elisir d'Amore, de Donizetti, I Capuleti ed i Montecchi, de Bellini, Rigoletto, La Traviatta, Aida e Il Trovatore, de Verdi, e La Bohème e Turandot, de Puccini. |
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A GRAVAÇÃO NA TEVÊ |
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• A Rede Globo e a RBS TV montaram um superesquema de cobertura e gravação para este sábado, no estádio Beira-Rio. Quase seis dezenas de técnicos das duas emissoras estão envolvidos na gravação e edição do evento. O objetivo é preparar o especial Roberto Carlos & Pavarotti, que será exibido no dia 18, depois da novela Por Amor. |
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• Uma equipe com 22 técnicos chefiados pelo diretor Aloysio Legey, da Rede Globo, está em Porto Alegre. A RBS TV mobilizou mais de 30 profissionais para a cobertura. Somente para a tomada de imagens, foram escalados 14 cinegrafistas. São 13 câmeras fixas e uma móvel, que fará tomadas junto a platéia. No palco, duas microcâmeras permitirão uma visão especial do palco e da platéia. Um camcable (câmera móvel que corre sobre um trilho) cobrirá toda a extensão do estádio. De um helicóptero, serão captadas imagens aéreas antes do começo do show e depois do espetáculo. |
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"Eu jamais pensei que isto iria acontecer"
"É uma alegria muito grande, um prazer, uma honra, uma emoção cantar no mesmo espetáculo e no mesmo palco com o maior tenor do mundo, Luciano Pavarotti." Roberto Carlos capricha na pronúncia italiana e não dispensa adjetivos para qualificar seu parceiro de palco no show de amanhã. Normalmente, Roberto concede apenas entrevistas coletivas aos jornalistas brasileiros. Uma por ano, para apresentar seu novo trabalho. Mas dada a importância do show inédito em que atuará ao lado de Pavarotti, o rei da música brasileira falou, por telefone, a Zero Hora, de sua casa, no Rio, na noite anterior à viagem para Porto Alegre.
"Acho maravilhoso o fato de Pavarotti, ao lado de outros tenores como José Carreras e Plácido Domingo, ter tornado a ópera popular", diz Roberto. "Muitas pessoas que nunca tinham tido a oportunidade de conhecer grandes tenores podem agora vê-los, graças à iniciativa deles de tornar a ópera e a sua arte em todos os sentidos uma coisa mais popular, algo que as pessoas não vissem somente nos teatros municipais. As pessoas merecem a oportunidade de verem artistas assim", conclui Roberto. O cantor admite que sempre considerou a possibilidade de poder cantar com Pavarotti, mas não pensou que isto um dia iria acontecer.
Fã de todo tipo de música, Roberto Carlos chegou a ser um ouvinte assíduo de música clássica e acredita que se pode aprender muito com ópera. Ele cita Carmen, de Bizet: "Assisti e gostei demais. A ópera também tem trechos de características até muito populares, aqueles que ficam, que as pessoas saem cantarolando ou assobiando. E, logicamente, como espetáculo, é uma coisa maravilhosa". Sobre a possibilidade de gravar uma ópera, Roberto diz que, "de repente", pensaria em gravar algo assim. "Às vezes, ouvimos uma música completamente fora do estilo que cantamos e temos uma idéia de gravar aquela canção adaptando para o nosso estilo, colocando um ritmo, isto acontece", conta Roberto. "Não pensei nisto ainda, mas pode vir a acontecer."
E o que Roberto Carlos e Luciano Pavarotti têm em comum? Roberto responde: "Temos em comum o amor pela música e pela carreira. Pavarotti é muito dedicado, é um homem cuidadoso, caprichoso, detalhista no seu trabalho, muito dedicado. Eu também me dedico muito, tenho muito cuidado com tudo que eu vou fazer, buscando sempre os melhores resultados. E tem o coração, a paixão, o amor. A emoção na música ou qualquer tipo de arte independe do estilo. Cada um passa a emoção ao seu modo".
"Canzone
per te" estará no repertório
Observação da foto
publicada na edição do Zero Hora de Porto Alegre no local desta reportagem
(visite o jornal para ver a reportagem completa, a foto não foi colocada aqui
por questão de ética): Roberto Carlos ainda não sabe que canções cantará
em dueto com Luciano Pavarotti, mas disse que adoraria ouvir "Nossa
Senhora" na voz do tenor (foto Banco de Dados/ZH)
O show de Roberto Carlos será diferente amanhã. O repertório da apresentação de 40 minutos terá as músicas mais pedidas pelo público, como Detalhes e Outra Vez, e uma homenagem. "Quero cantar também Canzone per te, que é uma música muito importante para mim, afinal, estaremos cantando com o Luciano Pavarotti, o melhor tenor do mundo e italiano, e logicamente eu fico com vontade de cantar alguma coisa do meu repertório em italiano", revela Roberto.
Faz mais de cinco anos que Roberto não canta Canzone per te, com a qual venceu o festival de San Remo, em 1968. Atarefado, ele conta que nos últimos anos não tem tido tempo para ouvir esta e nenhuma outra canção de seus velhos discos. "Para falar a verdade, eu tenho ouvido poucos discos de modo geral." Roberto conta que, quando consegue ouvir seus discos, fica naquelas de escutar e analisar o que está bom e o que poderia ter sido feito diferente. "De um modo geral, estou satisfeito com o trabalho que tenho feito", analisa. "Mas a gente sempre acha que poderia ter feito alguma coisinha diferente..."
Apenas na tarde de hoje, Roberto e Pavarotti vão se encontrar para definir o repertório da terceira parte do show, no qual cantarão juntos. "Vamos decidir pessoalmente o que fazer. Tenho algumas idéias, mas é melhor decidir com ele e depois revelar. Poderemos ter idéias diferentes e surgir uma terceira", revela Roberto. Mas, independentemente do show de amanhã, que música Roberto Carlos gostaria de ouvir na voz de Pavarotti? "Tem muitas, né bicho (risos), quem é que não gostaria de ter uma música cantada pelo Pavarotti? (mais risos). Mas uma que me vem imediatamente seria Nossa Senhora. Acho que cantada por ele seria uma emoção muito especial. Eu, às vezes, fico imaginando, principalmente nestes dias de expectativa, como seria Nossa Senhora cantada por Pavarotti."
"Como pode alguém
andar pelo
mundo sem dobrar à esquerda?"
Depois de lançar, no final do ano passado, um CD totalmente cantado em espanhol, Roberto revela que seu disco deste final de ano será gravado em português. "Tenho muitas músicas começadas, mas ainda é cedo para se ter uma idéia a respeito deste trabalho", afirma o cantor. E conclui: "Nada no ponto para ser contado". As insistentes superstições atribuídas pela imprensa a Roberto não lhe magoam, mas ele identifica um grande exagero no que se lê: "Soube que disseram que eu não dobro à esquerda (risos). Como é que pode um negócio desses? Como pode uma pessoa andar pelo mundo sem dobrar à esquerda? (mais risos). Isto é um absurdo. Eu não nego que sou um pouquinho supersticioso, mas não tanto quanto dizem. Uma coisinha como gostar de sair pela mesma porta, estas coisas assim, isto realmente existe. Mas não dobrar a esquerda! Nunca exigi isto. Aliás, não faço quase exigências. Eu peço coisas de um modo geral, profissionais, para que o meu espetáculo seja o melhor possível. Às vezes, fico espantado com estas coisas. Mas não é verdade não, você vai ver que eu vou entrar lá e vou dobrar à esquerda..."
Textos
retirados do jornal Zero Hora de Porto Alegre de 01/04/98
Um cenário para fazer sonhar Desta vez, as novelas ficaram em segundo plano. Tadeu Catarino, um dos responsáveis pela arte e cenografia de diversos programas da Rede Globo, está em Porto Alegre para fazer a cenografia da grande apresentação de Luciano Pavarotti e Roberto Carlos, sábado, às 21h, no Beira-Rio, numa promoção da RBS em parceria com o governo do Estado e o grupo Zaffari, com produção da DC Set e patrocínio da CEEE e da CRT. Gaúcho nascido em Rio Grande há 37 anos, funcionário da Globo há 18, Catarino é o criador de parte dos cenários de estúdio da cidade cenográfica da novela Corpo Dourado. "Abandonei a novela para fazer este show e considero isto uma honra", afirma o cenógrafo, que trabalhou oito anos com Hans Donner, o mais conceituado designer gráfico da tevê brasileira. "Este é um evento único, nunca participei de nada tão grande", diz Catarino, que tem no currículo muitas novelas, especiais de tevê (como o show de fim de ano de Roberto Carlos para a Globo), comerciais (como o da Coca-Cola para a Copa do Mundo) e peças de teatro (ele ganhou o prêmio Mambembe de 1996 por A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado). O projeto de palco foi encomendado pela Globo, que está prestando apoio artístico ao show de Pavarotti e Roberto Carlos. "Desenvolvi o projeto de acordo com as exigências preestabelecidas pelos artistas e segundo o padrão Globo de qualidade", conta o cenógrafo. "O show vai ser gravado e temos que pensar no público que vai assisti-lo pela televisão." Entre as exigências de Pavarotti estão a passarela de veludo vermelha e a altura de seus camarins: ninguém pode ficar mais alto do que o tenor italiano. Catarino diz que o cenário de shows é um desafio muito difícil, pois a resposta de público é imediata. "Fiz o que achei que deveria, um templo de ópera, um grande palco italiano com a intenção de fazer as pessoas sonharem." O palco de 22 metros e 50 toneladas terá 480 metros de um piso especial de plástico azul (a cor preta foi vetada por Roberto Carlos), 200 metros de cortinas de veludo cor de vinho, vidros espelhados orçados em R$ 25 mil e seis colunas redondas. Ao fundo do palco, um telão branco onde serão projetadas várias imagens substituirá os tradicionais painéis de ópera. "O telão dará um aspecto mais moderno e faz parte do conceito do teatro de ópera que, na verdade, é uma grande caricatura", diz Catarino. O jogo de luzes tem muitas variações: Roberto Carlos se utiliza de diversas cores. Pavarotti usa uma tonalidade fixa, o lavanda. Todas as luzes e efeitos do palco serão refletidos nos espelhos, localizados na lateral. Todo o material cenográfico foi confeccionado especialmente para o espetáculo, em boa parte fora do Rio do Grande do Sul. Trinta funcionários cariocas, acostumados a montar cenários desta natureza, foram "importados" pela produção do espetáculo. Os serviços de carpintaria estão sendo feitos por funcionários cedidos pela direção do Internacional. Os trabalhos começaram na segunda. O custo total do palco, que terá ainda uma escadaria à frente das cortinas para uma apresentação especial, está estimado em US$ 100 mil. |
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OS INGRESSOS |
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Confira os pontos de venda para o show do próximo Sábado: |
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• Supermercados Zaffari de Porto Alegre (Avenida Ipiranga, Marechal Floriano, Fernando Machado, Plínio Brasil Milano, Cristóvão Colombo, Avenina Cavalhada, Lima e Silva, Anita Garibaldi, Cel. Bordini) |
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• Hipermercado Bourbon de Porto Alegre (Assis Brasil, 164) |
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• Supermercado Zaffari de Canoas (Avenida Getúlio Vargas, 5765) |
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• Sedes da RBS TV de Cruz Alta, Bagé, Erechim, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz, Santa Maria, Santa Rosa e Uruguaiana |
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• Casas Zero Hora de Novo Hamburgo, Pelotas, Bagé, Santa Maria, Santa Cruz, Santo Ângelo e Passo Fundo |
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• Bilheteria G do Beira-Rio (apenas a partir de sexta), das 9h às 18h |
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Preço dos ingressos: |
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• Arquibancada inferior: R$ 15 |
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• Arquibancada superior: R$ 20 |
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• Cadeira social: R$ 100 |
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• Cadeira vip amarela (no gramado): R$ 90 |
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• Cadeira vip verde (no gramado): R$ 150 |
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• Cadeira vip vermelha (no gramado): R$ 250 |
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Titular e acompanhante do Clube do Assinante têm desconto de 10% nos ingressos. |
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Piso fácil para proteger Sem futebol, o gramado do Beira-Rio vai ganhar um revestimento especial para receber os craques da música no grande show de sábado. Serão 347 rolos de polipropileno, um material antiderrapante e antifogo, importado dos Estados Unidos por uma empresa paulista, que vai cobrir toda a grama do estádio do Internacional. O material, transportado de São Paulo em cinco carretas, chegou na segunda a Porto Alegre. Conhecido como easy floor (piso fácil), o revestimento foi recentemente utilizado no show do U2 no estádio do Morumbi, em São Paulo. Entre os clientes mundiais do easy floor estão o palácio de Buckingham, em Londres, o Giants Stadium, em Nova York, e o estádio Olímpico de Berlim. Cada um dos rolos do easy floor mede 20m de comprimento por 1m22cm de largura. Uma das grandes vantagens do material é deixar que a grama respire. A colocação das placas que protegerão o gramado do Beira-Rio será feita com um encaixe manual e deve durar cerca de 20 horas. |
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Textos retirados do Jornal
Zero Hora de Porto Alegre de
02/04/1998:
Capital recebe Roberto e Pavarotti |
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Faltam dois dias para o Rio Grande do Sul assistir ao maior show de sua história. O tenor italiano Luciano Pavarotti e o cantor brasileiro Roberto Carlos subirão juntos ao palco montado no estádio Beira-Rio e vão cantar para um público de cerca de 60 mil pessoas, no sábado, às 21h. O espetáculo inédito é uma promoção da RBS em parceria com o governo do Estado e o grupo Zaffari, com produção da DC Set e patrocínio da CEEE e da CRT. A apresentação é única. O resto do Brasil só poderá assistir ao show pela Rede Globo na gravação que será exibida no dia 18 de abril. Pavarotti e Roberto chegarão hoje a Porto Alegre, em horários não divulgados. A dupla vai se hospedar em suítes especialmente montadas segundo suas exigências no hotel Caesar Towers, onde concederá entrevista coletiva amanhã à tarde. Depois de falar com a imprensa, Roberto e Pavarotti vão ensaiar no Beira-Rio, individualmente, com suas orquestras, e em dupla. Roberto Carlos tocará com sua afinada orquestra RC-9, regida e arranjada por Eduardo Lages, e composta por seis metais, três vozes, percussão, bateria, guitarra, baixo, dois teclados e um piano. Luciano Pavarotti trará junto 10 músicos e será acompanhado pela Ospa, regida pelo maestro Cláudio Ribeiro. O espetáculo de sábado é uma grande celebração de paz e reflexão sobre a ressurreição de Cristo na Páscoa. Na abertura, às 21h, sinos de Igrejas de todo o Estado vão badalar. Roberto Carlos subirá primeiro ao palco, para interpretar seus grandes sucessos, durante 40 minutos. Luciano Pavarotti cantará em seguida. Apesar de o repertório do tenor não estar ainda totalmente decidido, algumas canções do programa estão praticamente confirmadas: Una Furtiva Lacrima, de Donizetti, Nessum Dorma, Recondita Armonia e E Lucevan le Stelle, de Puccini, Vesti la Giubba e Mattinata, de Leoncavallo, La Girometta, de Sibella, e Non ti Scordare di Me, de De Curtis. Depois das apresentações individuais, Luciano Pavarotti e Roberto Carlos, acompanhados pela Ospa, cantarão juntos. As duas músicas serão definidas pela dupla nos ensaios. Para receber o mais popular cantor do Brasil e um dos responsáveis pela popularização da ópera em todo o mundo, um palco especial está sendo montado no Beira-Rio. A concepção do projeto prevê a reconstituição de um templo de ópera, com um piso especial de plástico azul, cortinas de veludo cor de vinho, vidros espelhados e seis grandes colunas arredondadas. A partir de amanhã, os ingressos para o show de sábado já estarão à venda no Beira-Rio, na bilheteria G, das 9h às 18h. No sábado, a bilheteria funcionará das 9h até o início do espetáculo. |
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Quartos para receber um rei e um tenor Roberto Carlos e Luciano Pavarotti estão de acordo em uma exigência: ambos não abrem mão de espaço. Para melhor atender à vontade dos dois cantores, os funcionários do hotel Caesar Towers vêm se preparando desde a semana passada para recebê-los. Nos três quartos conjugados destinados a Pavarotti, instalou-se uma comissão de assessores e agentes. Em menos de uma semana, este pequeno exército já mudou três vezes a disposição dos móveis. Tudo em função do espaço. Atrás de mais área livre, a gerência do hotel deu fim a um sofá de dois lugares que fazia parte de um dos dois apartamentos conjugados de Roberto Carlos. Além de espaço, o rei só fez mais uma exigência: queria um quarto em tom de azul. Ele ficará hospedado em uma suíte construída a partir de dois quartos de luxo conjugados, no décimo andar do hotel. Do primeiro quarto, foram retiradas as camas de solteiro, que originalmente compunham o local, e substituídas por dois sofás, cada um de dois lugares, em tons creme. No outro ambiente, está a cama de casal e mais um sofá azul, televisão, bancada com pia (todos os quartos têm pia, bancada e frigobar) e sacada com vista para o Guaíba e uma bananeira artificial. O rei pediu ainda que os dois quartos próximos fossem reservados para seus familiares. Para Pavarotti, foram destinados três quartos conjugados no décimo segundo andar do hotel, também com vista para o Guaíba. Um dos ambientes foi transformado em sala de estar, com um fogão elétrico de duas bocas (o tenor gosta de preparar sua própria comida), uma geladeira grande e uma mesa redonda de madeira (nada de vidro e de falta de espaço para as pernocas de Pavarotti) com oito cadeiras e toalha de mesa. No outro quarto, fica a cama do tenor. No terceiro ambiente, a produção colocou uma cama de massagem. A equipe de assessores e agentes de Pavarotti só permitiu fotografias na área reservada para a sala de estar, na qual fica a pequena cozinha. |
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AS EXIGÊNCIAS |
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PAVAROTTI |
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• Colheres de pau, talhares, conchas, panelas, caçarolas, frigideiras, ralador de queijo, saladeiras grandes, pratos, liquidificador, fatiador elétrico, chaleiras para ferver água, espremedor de sucos, cinco garrafas de água Evian, 10 garrafas de água Perrier, 01 garrafa de suco de laranja fresco, 10 limões, 04 iogurtes sabor natural, 04 iogurtes com sabor de frutas, rosbife vermelho, frango grelhado, queijos sortidos, 05 coca-colas, 05 pepsi light, 05 garras de cerveja nacional, 03 garrs de gatorade de limão, 01 pote de mel, açúcar, leite, adoçante, saleiro, pimeiteiro, sal de cozinha, cesta de pães variados, cesta grande de frutas inteiras, cesta grande de vegetais frescos e legumes, 10 batatas, 01 lata de azeite de oliva, um vidro de vinagre de vinho tinto, um vinho de vinagre balsâmico, cereais matinais variados |
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ROBERTO CARLOS |
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• Um quarto em tons de azul |
Parabéns ao jornal ZERO HORA DE PORTO ALEGRE que, graças à sua competência e dedicação, soube proporcionar
aos fãs toda a emoção e expectativa com relação ao show de Roberto Carlos &
Luciano Pavarotti. Tenho certeza de que, com toda essa cobertura feita pelo ZH, muitos fãs (como eu) que não puderam
comparecer ao espetáculo, puderam sentir toda a emoção com relação aos
preparativos para esse grande evento.
Parabéns a toda a equipe do ZERO HORA. Continuem
assim, divulgando e apreciando o que há de melhor da nossa música.
Parabéns !!!
Júlio J.
RESULTADO DA PESQUISA
SOBRE O CD DE 1997 !
As músicas
mais votadas pelos fãs neste site foram:
1 - Abrazame asi
2 - Niña
3 - Se me
olvido outra vez
Notícias publicadas sobre o CD "Canciones que amo"
Lançado
em 03/12/97(Quarta-feira)
1 - A música "Abrazame
Asi " (de Mario Clavel)
já estava sendo tocada nas rádios e na novela "Por Amor" da Rede
Globo (Segunda a Sábado às 20h30min). O CD da novela já estava nas lojas desde
21/11/97 (Sexta-feira), e " Abrazame
Asi ", com 4 minutos e 40 segundos de
duração, é dona da faixa nr. 06 do CD. (Júlio J.)
2 - No Domingo (30/11/97) no "Domingão
do Faustão" - Rede Globo, Roberto Carlos lançou seu novo CD "Canciones que amo". No programa o Rei cantou ao vivo
04 músicas do novo CD ("Abrazame Asi", "Niña",
"Adios" e a nova música religiosa
"Coração de Jesus" ) e outros 06 sucessos de
sua carreira (Amigo, As Curvas da Estrada de Santos, Olha, Como é Grande o Meu
Amor por Você, Detalhes e Emoções).
Shows do Rei Roberto Carlos em Abril e Maio/98
Abril/98 04 - Porto Alegre/RS |
Maio/98 |
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ou revista, data e quem escreveu). Diga também se você quer que publique
apenas seu nome ou se quer que coloque o seu e-mail para contato com outros
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Um grande abraço "do
fundo do meu coração".